A cerca de 1.200 quilômetros da costa do Rio Grande do Sul, repousa submersa uma gigantesca formação geológica chamada Elevação do Rio Grande. Com cerca de 500 mil quilômetros quadrados — área equivalente à da Espanha —, essa elevação abriga um dos conjuntos mais promissores de minerais críticos já identificados sob o domínio marítimo brasileiro: terras raras, cobalto, níquel, titânio, lítio e outros insumos centrais para a transição energética, a indústria de defesa e a autonomia tecnológica. Em fevereiro de 2025, o Brasil formalizou junto à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC), da ONU, o pedido para estender sua plataforma continental e incorporar oficialmente a Elevação. Se aprovado, o país passará a deter direitos exclusivos de exploração econômica sobre esses recursos. No entanto, apesar do potencial envolvido, a mobilização institucional segue fragmentada, silenciosa e politicamente subdimensionada.