INSTITUCIONAL
O QUE É SER UM DEXER-AULA INAUGURAL
Essas palavras são sobre ser um Dexer. Sobre a necessidade de selecionar e de formar líderes para mudar o mundo, um mundo que, como descrito no nosso vídeo de lançamento do Iniciativa Dex, está em plena desconstrução.
São três portentosas vertentes de poder que adentram o século XXI atuando de forma sinérgica para diluir, desconstruir paulatinamente as bases da milenar civilização ocidental; sociedade essa fundamentada numa filosofia judaico-cristã, firmemente consolidada em torno dos ideais da valorização da família, da verdade, da ética da correição de atitudes.
Progressismo, globalismo e o hibridismo atuam, no entanto, para tentar mostrar para você que o mundo mudou e tudo que lhe ensinaram como sendo o certo, na realidade é errado, e de hoje em diante tudo passa a ser relativo. Muito do que você imagina ser errado é o certo. Bandidos, ladrões e assassinos são vítimas da sociedade. Crianças precisam se libertar do jugo opressivo e autoritário dos pais e educadores. Novos valores precisam ser introduzidos e aceitos na sociedade com o cunho do progressismo-libertário. E nesse mundo onde os bandidos vivem soltos e a população ordeira é prisioneira do vitimismo social, parece difícil uma solução.
Estamos cercados pelo ativismo judiciário globalista, pelos Geoges Soros, Stings, Gates, pela estratégia da guerra hibrida, onde o Brasil é palco de um neocolonialismo orientado para nos transformar numa sub-raça, uma sociedade sem objetivos, sem vontade de resistir. Que sejamos eternos produtores de commodities e fornecedores de mão-de-obra barata. Assim como ópio foi introduzido na China, no século XIX, como forma de destruir a sociedade local e de submetê-la aos caprichos comerciais ocidentais, hoje vivenciamos situação análoga. Só que o ópio desse século XXI chega até nós sob diferentes formatos, incluindo as “pílulas” de narrativas muito bem orquestradas pela mídia, com o firme propósito de destruir nossas crenças e valores.
E me parece que estão conseguindo. O nosso dia-a-dia mostra que nossos valores estão se desintegrando como a neve tentando resistir à chegada do verão. Nos vemos cercados por todos os lados e, cada vez que clamamos por justiça, por verdadeira democracia, recebemos como reposta palavras do tipo: vocês são fracos, pois são desorganizados, não tem objetivos e atuam como grandes bandos ao sabor de estímulos imediatos e imediatistas. Aos fracos só resta a injustiça dos poderosos.
Não há muito o que fazer. Esse parece ser o sentimento geral da sociedade. Resignação, impotência e submissão.
Pois toda vez que ouço alguém falar coisas assim, como “está tudo errado, o mundo não tem mais jeito, ninguém faz nada”, fico tentando imaginar quem seria esse “ninguém”. E quem são essas pessoas tão poderosas que alardeiam que todos nesse mundo são imprestáveis; claro, ressalvados eles próprios. Creio que são os mesmos que impreterivelmente gostam de se sentar em arquibancadas e que vivem de aplaudir quando o time ganha e de xingar os jogadores, batendo com o punho em riste na altura do coração. São também os mesmos que todas as sextas-feiras, por volta das 18hs, se reúnem com outras pessoas valentes, muito valentes, no bar da esquina, e se dedicam a achar solução para todos os problemas da humanidade. Terminado o happy hour, regado a litros de chopps e muita coragem, vão para casa, felizes da vida pois cumpriram a sua missão uma vez que encontraram os culpados para os problemas do mundo: os outros, sempre os outros. E descansam para iniciar a semana seguinte da mesma forma como terminaram a anterior: achar mais culpados para os seus próprios problemas.
Me ocorre trazer à tona parte do pensamento de Theodore Roosevelt, quando ele dizia:
“É muito melhor arriscar coisas grandiosas
Alcançar trunfos e glorias
Mesmo expondo-se à derrota
Do que formar fila com os pobres de espírito
Que nem sofrem muito
Nem gozam muito
Porque vivem naquela penumbra cinzenta
Que não conhece a vitória nem sequer a derrota!”
Churchill, ao assumir o cargo de Primeiro-Ministro, recebeu essa missão num quadro de pânico mundial. O cenário era extremamente desfavorável. A pergunta que parecia permear o imaginário dos britânicos já não era se os nazistas iriam conseguir invadir a Ilha, mas sim como seria o mundo pós-invasão. Ainda assim, optou por fazer um discurso duro, chamado “Blood, toil, tears and sweat”, afirmando que a única coisa que os britânicos poderiam oferecer à ameaça nazista era o seu sangue, trabalho, lágrimas e suor, e que seria alcançada a vitória apesar de todo terror, já que sem vitória não haveria sobrevivência.
Quando a França finalmente caiu, Churchill foi novamente para a rádio e jornais conclamar para que o povo britânico lutasse nas praias, nos mares, nos oceanos, na terra, nas ruas, nas colinas, e declarando que eles jamais iria se render: “We shall fight on the beaches” (“nós vamos lutar nas praias”).
Me ocorre trazer à tona também as palavras do Almirante Willian McRaven, ex-Cmt dos Seals, a principal tropa de elite dos EUA, e a quem se submeteu, também, a fazer qualquer dos cursos de elite, aqui no Brasil, seja o de Comandos, Paraquedista, Forças Especiais, Guerra na Selva, sabe bem o que ele quis dizer.
Ele nos mostra que se você quiser mudar o mundo, comece por arrumar diariamente a sua cama. O soldado começa a sua caminhada todos os dias arrumando a sua cama.
Todos os dias de um Seal em treinamento se iniciavam com a tarefa mais simples de todas: a inspeção da cama. As bordas da cama deveriam estar retas, o lençol esticado ao ponto de uma moeda jogada nele ter que saltar 10 cm de altura, o travesseiro no centro e o cobertor milimetricamente dobrado e guardado no pé da cama. Se não estivesse perfeito, os Seals repetiriam a arrumação quantas vezes fossem necessárias.
Se você arrumar a sua cama todas as manhãs, você terá cumprido a sua primeira tarefa do dia. Essa tarefa vai proporcionar a você um pequeno senso de conquista e te motivará a fazer outras tarefas e então outras tarefas e mais outras. Ao final do dia, você terá realizado inúmeras tarefas. É assim que o Seal aprende a atuar para levar a vitória dos EUA nos quatro cantos do mundo: arrumando muito bem a sua cama. Arrumar a sua cama reforça o fato de que as grandes conquistas começam com o cumprimento de pequenas tarefas. Reforça também a importância da disciplina. Disciplina, disciplina, disciplina. As pessoas acham que o seu próprio pensamento garante a vitória. Centenas, milhares de pessoas pensam assim. Ao fim, o que você terá nas mãos é um punhado de ideias brilhantes sem nenhuma estratégia. E muitos achariam nesta tarefa, também, um enorme desperdício de tempo e de esforço. A lição que se quer passar é: o caminho da vitória passa pela unidade de pensamento e de ação. Sem unidade não há vitória.
E se você quer mudar o mundo, seja também a voz da esperança, não do abatimento. Entenda que o foco deve estar na solução e não no problema, por maior que ele seja.
Nos cursos de seleção e de treinamento para tropas especiais, os soldados são expostos a todo tipo de privação, agressões físicas e psicológicas e pressões para desistirem; busca-se testar o limite da resistência física e principalmente psicológica.
Imersos no lago, em meio aos cristais de gelo que flutuam na superfície, é claro que vários pensavam em desistir, e a maioria realmente desiste. Mas em determinado momento, normalmente surge uma voz da escuridão congelante, que começa a lentamente entoar um canto, uma outra voz acompanha e logo outra, e outra. Pouco depois, todos que ainda lá permanecem se veem cantando o mais alto que podem. É como se repetissem para si mesmos o pensamento de Churchill: “sem vitória, não há sobrevivência!” Mas também não há sobrevivência sem vitória!
Assim é feito o mundo.
Machado de Assis escreveu: “aos vencedores as batatas.” Das sombras surgem as lideranças, pois o líder é formado na adversidade e não na zona de conforto.
Lembro-me de ter assistido a uma aula da filósofa Maria Helena Galvão onde ela começou a sua explanação nos perguntando: quem vocês acham que influenciarão mais os destinos do Brasil, num futuro próximo? Os nossos alunos de famosos colégios dos Jardins, em SP, ou os pequenos soldados do tráfico do RJ?
Pois então, vamos aos finalmente.
Para que servem os Dexers?
Resposta: existiremos para ajudar a construir um mundo melhor. Em especial um Brasil melhor. Para resistir contra aqueles que pretendem nos subjugar e nos transformar uma sub-raça. Se a Bretanha não foi invadida, se Israel não sucumbiu, se o bem ainda sobrevive ao mal, por que haveríamos de nos resignar?
Existiremos para isso. Para provar que à parte das imensas dificuldades, vamos resistir e vencer.
Formaremos líderes acostumados ao ambiente da adversidade pois o mundo não perdoa os pobres de espírito.
Dexer é sinal de sabedoria e de resiliência!
Pois “sem vitória não há sobrevivência!”